Esto es lo que dijo hace unos días un reportaje de la revista Valor Económico de Brasil (en portugués, claro), con la colaboración de un economista catalán bien conocido por el lector asiduo de este blog:
Mergulhada na sua mais grave crise econômica em décadas, a Espanha
sonha em ter Madri como sede dos Jogos Olímpicos de 2020. Mesmo com duas
candidaturas derrotadas, em 2012 e 2016, a maioria dos madrilenhos
apoia os jogos e torce para a cidade superar Istambul e Tóquio, as
outras duas finalistas. E o sonho olímpico não se restringe a Madri. Nem
o fato de que em Barcelona neva em média menos de um dia por ano
impediu a cidade catalã de se candidatar à sede dos Jogos de Inverno de
2022.
A Espanha está em recessão desde o início de 2012. O governo, que
implantou um programa de austeridade com aumento de impostos e cortes de
salários, serviços públicos e benefícios, prevê uma retração de 1,3%
para este ano. O desemprego já superou os 27%. O déficit orçamentário do
ano passado, de 10,6% do PIB, foi o maior da União Europeia. A dívida
pública já passou dos € 920 bilhões (88,2% do PIB). O país precisou de
um socorro internacional de mais de € 40 bilhões para evitar que o seu
sistema bancário ruísse. Além disso, a cidade de Madri tem dívidas que
somam € 7,4 bilhões, e a região autônoma de Madri, € 22 bilhões.
Apesar desses números, o comitê da candidatura garante que dinheiro
não é problema. Segundo seus dirigentes, a cidade já tem 80% dos locais
de competição prontos e seriam necessários apenas € 1,67 bilhão para
cobrir as despesas envolvidas no evento.
“Todos os megaeventos esportivos têm enormes estouros orçamentários, e
eu duvido que esses [Jogos] serão uma exceção”, afirma Francesc
Trillas, professor do departamento de Economia Aplicada da Universidade
Autônoma de Barcelona e autor de um estudo sobre os custos e benefícios
dos Jogos Olímpicos de 1992, na capital catalã. “Embora muito da
infraestrutura já tenha sido construída, a Olimpíada teria um enorme
impacto sobre as finanças [de Madri].”
(El reportaje al completo puede leerse aquí).
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